Somente nesta terça-feira a Assembléia afirmou que vai cumprir a determinação do STF

CARREGANDO :)
Veja também
  • Sobrinho de Requião deixa o cargo na Cohapar
  • Garibaldi Alves e Jayme Campos demitem sobrinhos
  • Câmara de SP determina que vereadores indiquem parentes para demissão
  • Publicada súmula vinculante sobre contratação de parentes
  • OAB-PR vê "afronta" ao STF em nomeações de Requião
  • Requião nomeia irmão como secretário especial para mantê-lo no governo

A Assembléia Legislativa informou que vai cumprir a determinação da Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe a contratação de parentes até terceiro grau no poder público. Em reunião realizada na manhã desta terça-feira (2), a Comissão Executiva da Assembléia oficializou o recebimento da súmula.

Publicidade

De acordo com o presidente da Casa, Nelson Justus (DEM), as providências cabíveis para o cumprimento da determinação do STF serão imediatamente tomadas. "Não há na súmula um prazo estabelecido para que ela seja cumprida, porém, contamos com o bom senso de todos os deputados, pois não há necessidade de se protelar nada", afirmou ao site de notícias da Assembléia.

Sem a estipulação dos prazos, cada deputado vai definir quando irá demitir os parentes. O deputado Nereu Moura (PMDB) já demitiu uma sobrinha que trabalhava no gabinete dele. Luiz Claudio Romanelli (PMDB), líder do governo na Assembléia, disse que vai exonerar o filho. "Vou perder um bom jornalista, mas o meu filho certamente continuará colaborando comigo naquilo que for possível", afirmou.

Apesar de determinar a demissão, a Assembléia não divulgou quantos parentes de deputados trabalham na Casa.

Reclamações contra o STF

Na reunião semanal com o secretariado, na manhã desta terça-feira (2), o governador Roberto Requião (PMDB) não comentou a decisão do STF. O tema da "Escola de Governo" foi o Porto de Paranaguá, administrado por Eduardo Requião, irmão do governador.

Publicidade

Para continuar no cargo, Eduardo foi nomeado pelo governador como secretário especial para assuntos portuários, depois da decisão do STF. A mesma manobra foi utilizada para manter Maristela Requião, mulher do governador, na administração estadual.

Mesmo continuando no governo, Eduardo reclamou da decisão judicial dada pelo STF. "É impossível você dizer que a Maristela não poderia trabalhar no Museu, mas pode a amante, se ele tiver. Não posso ter um sobrinho na administração pública, mas pode ter um malaco (sic) qualquer, desde que não seja da minha família. Então essa súmula é infamante", disse Eduardo Requião, em entrevista ao ParanáTV.

Qual a sua opinião sobre o ponto de vista do secretário Eduardo Requião? Deixe seu comentário no formulário abaixo