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Foi marcada para a terça-feira a sessão de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar denúncias de irregularidades na Petrobras. Hoje, o PSDB e DEM formalizaram as indicações de Sérgio Guerra (PSDB-PE), Alvaro Dias (PSDB-PR) e Antonio Carlos Magalhães Junior (DEM-BA) como titulares, e de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (DEM-PI) como suplentes. A CPI terá prazo de funcionamento de 180 dias, com possibilidade de prorrogação.

Ainda prosseguem no Senado as negociações em torno da presidência e relatoria da comissão. Está praticamente certa a indicação do líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), para ocupar a relatoria. No entanto, no caso da presidência, a definição está complicada. A hipótese mais provável era da indicação da senadora Ideli Salvatti (PT-SC), líder do governo no Congresso. Porém, alguns governistas ponderam que o fato de o comando da CPI ficar com dois líderes do governo poderia amarrar a atuação dos dois no segundo semestre.

Outra alternativa seria a indicação do senador João Pedro (PT-AM) para presidir os trabalhos. Contra essa indicação pesa, entretanto, o fato de João Pedro ser suplente de Alfredo Nascimento, atual ministro dos Transportes, que já demonstrou sua intenção de disputar o governo do Amazonas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem dito que gostaria que todos os interessados em disputar as próximas eleições se desincompatibilizem de seus cargos em dezembro. Com isso, Nascimento reassumiria o seu mandato no Senado e João Pedro perderia a vaga, o que comprometeria o trabalho na CPI.

Embora a expectativa seja de definição, ainda hoje, do acordo que irá apontar os senadores que irão comandar a comissão, somente na primeira sessão os cargos de presidente e relator serão formalizados. Pelo regimento do Senado, a sessão de instalação será presidida pelo senador mais velho que, no caso, será Paulo Duque (PMDB-RJ). Caberá a ele, como primeira tarefa, convocar a eleição do presidente. Eleito, o presidente irá indicar o relator.

Indicações

A CPI terá 11 senadores titulares e sete suplentes. O PMDB indicou Romero Jucá (RR), Leomar Quintanilha (TO) e Paulo Duque (RJ) como titulares. Já Almeida Lima (RJ) e Valdir Raupp (RO) vão ficar na suplência. O bloco governista - PT/PR/PRB/PSB/PCdoB - indicou os senadores João Pedro, Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Ideli como titulares. Na suplência estão os senadores Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Delcídio Amaral (PT-MS). Na oposição, além dos parlamentares indicados pelo DEM e pelo PSDB, o PDT indicou Jefferson Praia (AM) e o PTB, Fernando Collor de Mello (AL) e Gim Argello (DF), este último como suplente.

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