A participação dos brasileiros deve ganhar força no 2º Fórum de Governança da Internet (IGF, na sigla em inglês), que será realizado entre outubro e novembro de 2007 no Brasil. A primeira edição do evento internacional aconteceu no início do mês em Atenas, na Grécia, e reuniu cerca de 1.400 participantes -- entre eles, representantes de empresas, governo, sociedade civil e universo acadêmico.
"A escolha do Brasil como cenário desse segundo encontro mostra um reconhecimento do papel atuante do país no cenário internacional. Além disso, pelo fato de sermos os anfitriões, certamente teremos mais poder de decisão sobre os assuntos discutidos durante o evento", afirmou ao G1 Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento.
Santanna também aposta que os brasileiros interessados em tecnologia aparecerão em peso no fórum, já que não precisarão arcar com custos de viagens internacionais. "O local ainda não foi definido, mas é possível que o encontro aconteça no Rio de Janeiro. A cidade é conhecida como um símbolo do Brasil e, por isso, essa escolha seria bastante adequada", continuou.
O Fórum de Governança na Internet -- que pode ter até cinco edições -- foi idealizado em novembro de 2005, durante a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, na Tunísia. O objetivo do encontro é fazer com que diversos países tenham mais participação em decisões relacionadas à internet, controlada principalmente pelos EUA. Essa hegemonia é representada pela Corporação da Internet para Nomes e Números Designados (Icann, em inglês), organização criada pelo governo norte-americano em 1995.
No primeiro encontro, os participantes também discutiram segurança, transparência, inclusão digital e diversidade cultural na rede.
"O controle norte-americano deveria ser o principal tema dos debates em Atenas, mas o grupo responsável pela definição da pauta desviou o foco. A Grécia, como anfitriã, tinha grande influência sobre a escolha dos assuntos, mas acabou cedendo ao canto da sereia daqueles que defendem os interesses dos Estados Unidos", disse o secretário. Santanna explicou que cerca de 40 pessoas ficaram responsáveis pela seleção dos temas, mas grande parte delas era simpatizante dos Estados Unidos.
Por isso a importância do fortalecimento da participação do Brasil durante o próximo fórum. "Estamos dispostos a tratar a dominância dos EUA com mais ênfase", continuou. Os participantes do IGF não podem mudar as regras da internet, mas suas sugestões são encaminhadas para os representantes da ONU (Organização das Nações Unidas) que acompanham as discussões de perto.
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