Manifestações silenciosas na França por Charlie Hebdo reúnem 200 mil pessoas| Foto: EFE/EPA/SEBASTIEN NOGIER

Mais de 200 mil pessoas se manifestaram silenciosamente neste sábado em várias cidades da França em homenagem às 17 vítimas dos atentados jihadistas dos últimos três dias, o primeiro na quarta-feira contra a revista "Charlie Hebdo".

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As manifestações, muito variadas e assustadoras, são um presságio do sucesso da grande manifestação prevista para amanhã em Paris para relembrar os valores da República francesa, uma amostra de unidade do país contra o terrorismo.

Os protestos de hoje em várias províncias francesas aconteceram quase todos em silêncio, muitas vezes acompanhados por cartazes em que se lia "Je suis Charlie" (Somos Charlie), em homenagem aos 12 mortos no atentado de Paris, o primeiro de uma onda inédita de ataques à França.

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Segundo fontes policiais, Toulouse, no sul da França, reuniu pelo menos 80 mil pessoas, registrou uma das maiores passeatas de hoje, mas em geral todas as convocações concentraram um elevado número de participantes.

Foi o caso de Pau, uma cidade de apenas 80 mil habitantes no sudeste da França que, segundo a prefeitura, reuniu 40 mil pessoas.

Também houve manifestações em solidariedade com "Charlie Hebdo" em Orléans (centro), com 22 pessoas; Nice (sul), onde cerca de 25 mil se reuniram no Passeio dos Ingleses ao longo da praia; Nantes (leste), com 30 mil; Lille, com 22 mil, e Besançon (oeste), com 20 mil, um número não visto nessa cidade nas últimas quatro décadas.

Amanhã está convocada uma grande manifestação convocada para amanhã às 15h (local, meio-dia em Brasília) na Praça da República em Paris, uma amostra de unidade no país contra o terrorismo.

A manifestação parisiense será liderada pelo presidente francês, François Hollande, que convidou vários dirigentes estrangeiros, como o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e a chanceler alemã, Angela Merkel.

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Hollande pediu ontem que todos os franceses participem amanhã para defender "os valores da democracia, da liberdade e do pluralismo".

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