Um acordo entre motoristas e cobradores e as empresas que integram a Rede Integrada de Transporte (RIT) firmado no início da tarde desta terça-feira (12) afastou a possibilidade de greve no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana. Com a definição do reajuste salarial concedido aos trabalhadores, a Urbanização Curitiba S/A (Urbs), empresa que administra o sistema de transporte, deve definir ainda nesta terça-feira o novo valor da passagem.
A negociação foi longa. Após de mais de duas horas de negociação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os sindicatos aprovaram a proposta final, apresentada pelo desembargador Altino Pedrozo dos Santos, que intermediou a negociação. A conciliação terminou com reajuste de 10,5% nos salários dos motoristas e cobradores e com a definição de vale-alimentação no valor de R$ 300.
Além disso, os trabalhadores terão direito a um abono salarial de R$ 300, a ser pago em até duas parcelas. Assim que forem admitidos nas empresas, os novos cobradores receberão R$ 20 para utilizarem como troco. O valor deverá ser devolvido quando os funcionários se desligarem das empresas.
Antes da formulação da proposta final, houve muita discussão. O Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindimoc) reivindicavam aumento de 12%, R$ 300 de vale-alimentação e abono de R$ 400. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano e Metropolitano de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) oferecia 9% de aumento e um reajuste no vale.
Novo valor da passagem
Como os salários dos motoristas e cobradores têm um peso significativo no custo da tarifa técnica - necessária à manutenção do transporte - a Urbs esperava o fim da negociação para definir o novo valor da passagem. O presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, que acompanhou a reunião, informou que o novo valor da tarifa será anunciado ainda nesta terça-feira.
Segundo estudos da Urbs, a tarifa técnica é de R$ 3,05. A expectativa é que o preço da passagem salte dos atuais R$ 2,60 para cerca R$ 3. A tarifa "domingueira", que atualmente custa R$ 1, também deve ser revista.
O valor da passagem entrou no centro das discussões depois que o governo do estado anunciou o fim do subsídio ao transporte integrado. Na segunda-feira (11), o governador Beto Richa (PSDB) disse que vai isentar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre o óleo diesel. O objetivo seria baratear o custo do combustível, que tem grande peso no valor final da tarifa.
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