Outros três envolvidos no caso Tayná estão mais distantes de serem apontados como suspeitos de terem matado a jovem, cujo corpo foi encontrado no último dia 28 de junho, em Colombo, região metropolitana de Curitiba. A Gazeta do Povo apurou que os materiais genéticos colhidos do dono do parque de diversões onde o corpo da garota foi encontrado, do filho dele e de um quinto elemento, conhecido como "Baixinho", não batem com o do sêmen colhido no corpo da vítima.

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De acordo com fontes ligadas à investigação, os exames foram realizados no final da primeira quinzena deste mês e deram negativo. A Polícia chegou a "Baixinho" devido aos depoimentos prestados pelos quatro homens presos por terem cometido o crime. De acordo com o quarteto, o "quinto elemento" havia sido levado à Delegacia de Alto Maracanã no dia da localização do corpo - mas teria sido liberado sem prestar um depoimento formal. A Secretaria de Segurança Pública, porém, não confirma essa versão.

Já o empresário e o filho dele tiveram o exame solicitado pelo fato de o corpo ter sido encontrado exatamente no terreno onde estava instalado o parque.

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Os resultados negativos são mais uma etapa em uma investigação que completou um mês ontem e que tomou um rumo inesperado no último dia 18, quando a Justiça aceitou o pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para a prisão de dez policiais civis, um policial militar, um guarda municipal de Araucária, um agente carcerário e um preso de "confiança" – todos suspeitos de terem participado de sessões de tortura contra os quatro funcionários do parque de diversões presos sob suspeita de envolvimento no crime.

Um dos policiais civis detidos é Silvan Rodney Pereira, delegado titular de Delegacia de Alto Maracan㠖 unidade responsável pelas primeiras investigações em torno do caso. Após as detenções, a Sesp determinou uma intervenção na unidade policial e designou para o caso o delegado Guilherme Rangel, com acompanhamento de delegado Rafael Vianna - assessor especial da Secretaria.

Entenda o caso

A adolescente Tayná Adriane da Silva, de 14 anos, desapareceu no dia 25 de junho quando voltava da casa de uma amiga, nas proximidades de um parque de diversões, em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. O corpo da menina foi encontrado no dia 28 de junho. Três dos quatro suspeitos, presos no dia anterior, confessaram ter estuprado e matado Tayná. Um deles não teria participado diretamente do crime. No mesmo dia, o parque de diversões foi depredado e incendiado por moradores da região.

No dia 2 de julho, a perita do Instituto de Criminalística, Jussara Joeckel, afirmou que a adolescente poderia não ter sido violentada, contrariando a tese inicial das investigações. Mesmo com as contradições, a Polícia Civil finaliza o inquérito no dia 5 de julho com a conclusão de que os quatro suspeitos estupraram e estrangularam a adolescente. Porém, no dia 9 de julho o resultado de exame de DNA indicou que o sêmen encontrado na calcinha da garota não é compatível com o material genético de nenhum dos quatro acusados.

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Este laudo gerou uma mudança no comando da investigação policial do crime, que já contava, desde a conclusão do inquérito pela delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, com a participação do Ministério Público. O laudo também motivou uma visita da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PR aos suspeitos, que relatavam que foram torturados pela polícia para confessar os crimes.

No dia 12, o MP afirmou que os indícios coletados relacionam os suspeitos presos ao crime. Mas, no dia 14, o promotor Paulo de Lima se manifestou em sentido contrário, afirmando que as provas presentes no inquérito não sustentam uma denúncia e pedindo a soltura dos suspeitos pelo crime. Nesse meio tempo, no dia 13, o até então advogado de defesa dos suspeitos presos, Roberto Rolim de Moura Junior, foi destituído, sendo substituído por Andrey Salmazo Poubel.

No dia 15, pela manhã, o ex-defensor afirmou que foi hostilizado durante o depoimento de seus então clientes na Sesp. No mesmo dia, durante a tarde, os quatro presos foram soltos e levados a um pouso provisório pelo Gaeco. Também no dia 15, foi feito o pedido de prisão preventiva de 15 policiais denunciados por supostas torturas ocorridas nas apurações da morte da adolescente.

No dia 18 de julho, os quatro suspeitos foram incluídos no programa de proteção a testemunhas. No mesmo dia, 12, dos 14 que tiveram prisão decretada no suposto caso de tortura, foram detidos (a maior parte deles se entregou espontaneamente. O delegado Silvan Pereira, considerado foragido, foi detido no dia 19 de julho.

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