Mil pessoas participam de passeata pela paz no Centro de Curitiba
Cerca de mil pessoas, entre alunos, professores e funcionários do Instituto de Educação Erasmo Pilloto, localizado no Centro, além de amigos e familiares de Rachel fizeram uma passeata nesta sexta-feira (7) para pedir justiça pela morte da aluna. Os 1,5 mil estudantes do turno da manhã foram dispensados das aulas após o intervalo. O grupo saiu da frente do Instituto de Educação, localizado na Rua Emiliano Perneta, 92, e seguiu pela Rua XV de Novembro até a Praça Santos Andrade em silêncio.
Polícia espera conseguir mais pistas com a divulgação do retrato falado
- RPC TV
- Corpo de menina é encontrado dentro de mala na rodoviária de Curitiba
- Polícia vai analisar conteúdo de computador de menina encontrada morta na rodoviária
- Colegas de Rachel farão caminhada pela paz
- Polícia investiga dois suspeitos da morte de Rachel Genofre
- Mãe de menina não sabe detalhes do crime
- Segurança é frágil na Rodoviária
- Pais passam a ficar mais preocupados
- Troféu de redação no dia do sumiço
- Violência do assassinato choca família, colegas e pais de alunos
A Delegacia de Homicídios divulgou, por volta das 11h30 desta sexta-feira (7), o retrato falado de um suspeito do assassinato da menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos. O corpo da menina foi encontrado na madrugada de quarta-feira (5) dentro de uma mala abandonada na rodoviária de Curitiba, com sinais de violência sexual e estrangulamento.
Segundo a polícia, o suspeito tem mais de 50 anos, olhos claros, pele morena clara, cabelo curto negro ou castanho. Os policiais estimam que ele tenha cerca de 1,68 metro de altura e 70 quilos. O desenho segue a descrição feita por um comerciante que vendeu uma mala semelhante àquela em que foi encontrado o corpo da menina na tarde de terça-feira (4), pouco antes do crime ser descoberto.
Em entrevista coletiva, o delegado-titular da Delegacia de Homicídios, Jaime da Luz, disse que a polícia investiga outras pessoas, inclusive de outras regiões do estado, que têm antecedentes criminais em ocorrências semelhantes à da morte de Rachel. Segundo ele, estão sendo ouvidas testemunhas que tinham contato com a menina nas regiões da cidade por onde ela passava.
O delegado encerrou a coletiva informando que a investigação corre sob sigilo e que não pode divulgar mais detalhes sobre o caso.
Segundo o telejornal Paraná TV, a polícia visitou hotéis em busca de lençóis parecidos com o que foi encontrado dentro da mala com o corpo da menina. Também já foram analisadas cerca de 120 horas de imagens gravadas pelas câmeras externas da rodoviária e da área central, próxima ao colégio onde Rachel estudava. O trabalho, porém, não trouxe nenhuma pista para o caso.
O computador que a menina usava para acessar a internet foi periciado, mas os policiais também não teriam encontrado nenhuma informação que ajudasse na investigação.
Nesta sexta-feira, uma mulher procurou a delegacia de homicídios para dizer que fez imagens com um celular dentro da rodoviária na madrugada que o corpo da menina foi encontrado, informou o telejornal.
Na quinta-feira (6), policiais civis disseram à reportagem do telejornal que há dois suspeitos do assassinato, que seriam pessoas que conheciam o trajeto feito pela menina todos os dias entre a escola, no centro da cidade, até a casa dela na Vila Guaíra. A polícia acredita, no entanto, que apenas uma delas tenha cometido o crime.
Crime
Rachel estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, onde estudava. A menina era filha de uma professora e ia e voltava todos os dias sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus. O desaparecimento já estava sendo investigado desde a segunda-feira (3) pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).
A mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. O corpo estava inteiro, ainda com o uniforme do Instituto de Educação e apresentava sinais de estrangulamento. Os médicos do IML confirmaram que a menina sofreu violência sexual.
O crime chocou família, amigos, e pais colegas da menina. Rachel cursava a 4ª série no Instituto de Educação. Filha de pais separados, a menina morava com a mãe e os avós maternos na Vila Guaíra. Em outubro de 2007, quando estava na 3.ª série, ela ganhou o terceiro lugar no 13.º Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Este ano recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso.
O corpo de Rachel foi enterrado por volta das 10h30 desta quinta-feira(6) no Cemitério do Santa Cândida. O sepultamento aconteceu debaixo de muita chuva, acompanhado por mais de 100 pessoas, entre amigos, colegas de escola e familiares. Crianças carregavam faixas em homenagem à menina.
Serviço
Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações sobre o assassinato de Rachel pode entrar em contato com a Delegacia de Homicídios pelos telefones 3363-0121 e 3363-1518. A identidade do informante será mantida em sigilo.
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