O assessor especial do ministro da Justiça, Tarso Genro, e ex-chefe de Polícia Civil do Rio no governo Benedita da Silva, delegado Zaqueu Teixeira, filiado ao PT, é citado nas investigações da Polícia Federal que resultaram na Operação Hurricane. Numa ligação interceptada pela PF, um homem identificado como Lula diz ao policial civil Marcos Antônio dos Santos Bretas, preso sob a acusação de ser o operador da máfia dos caça-níqueis, que "o doutor Zaqueu está descapitalizado para a campanha" e que teria pedido "ajuda aos amigos". O petista, que concorreu a deputado federal e não se elegeu, disse não conhecer nenhum dos dois.

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A conversa aconteceu em 12 de setembro, reta final da campanha. Segundo o diálogo reproduzido pela PF, Zaqueu teria procurado o grupo interessado em pôr placas de sua campanha em terrenos do empresário Pasquale Mauro, dono de diversas propriedades na Barra, ou em áreas conseguidas por Marcão, como é conhecido o policial civil.

A PF também investiga o envolvimento do presidente do Vasco Eurico Miranda e o deputado estadual Chiquinho da Mangueira com bicheiros. A dupla teria recebido dinheiro para financiamento para campanha eleitoral para deputado estadual, no ano passado. Outro político citado nas escutas telefônicas feitas pela PF, é o deputado federal Geraldo Pudim (PMDB), que tem como padrinho político o ex-governador Anthony Garotinho.

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Em 3 de outubro, o desembargador Ernesto Dória, preso na Operação Hurricane sob a acusação de intermediar a compra de decisões judiciais, disse em conversa com um advogado identificado como Algranti ter sido levado por um policial à casa do "homem que o Garotinho elegeu", referindo-se a Pudim.