Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Caso Rachel Genofre

Polícia encontra roupa de Papai Noel no quarto do suspeito

Uma roupa de Papai Noel foi encontrada pela polícia de Santa Catarina, nesta terça-feira (11), no quarto de Jorge Luiz Pedroso Cunha, de 52 anos, um dos suspeitos do assassinato da menina Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos. Ele foi preso no domingo (9) em Itajaí e trazido para Curitiba. Também foram recolhidos fios de cabelo que devem passar por exame de DNA.

De acordo com o telejornal ParanáTV 1.ª edição, a roupa estava dentro de uma mala no guarda-roupas do suspeito. Cunha é gerente de um albergue no município catarinense e morava no local havia um ano. Os fios de cabelo encontrados no local serão analisados para saber se são de Rachel ou de outra criança. A polícia investiga se o homem usava a roupa para atrair as crianças.

Álibi

Cunha apresentou um álibi aos policiais da Delegacia de Homicídios. Ele afirma que não saiu da cidade no dia do crime, e a versão teria sido confirmada por várias testemunhas, de acordo com a polícia. Apesar disso, o ex-presidiário permanece detido, por causa de um mandado de prisão que a Justiça havia emitido em 2007 por outro crime, de atentado violento ao pudor, cometido contra um menino no litoral do Paraná.

O corpo de Rachel foi encontrado dentro de uma mala, na madrugada de quarta-feira (5), na Rodoferroviária de Curitiba, com sinais de estrangulamento e violência sexual. Cunha foi apontado como suspeito depois que um comerciante o identificou em um álbum de fotos da polícia. O atendente disse ter vendido para ele uma mala igual àquela em que o corpo de Rachel foi encontrado.

Na ocasião da divulgação do nome de Cunha, a polícia afirmou ter outros indícios de que ele seria o autor do crime. Desenhista, ele já cumpriu 18 anos de prisão por homicídio e estupro, e é acusado de falsidade ideológica e falsificação de documentos. Em 2007, a Justiça emitiu um mandado de prisão contra ele por causa de crime de atentado violento ao pudor cometido no Litoral do Paraná. A vítima teria sido um menino, que sobreviveu.

Por causa do mandado de prisão de 2007, o suspeito permanece preso, apesar do álibi apresentado. De acordo com informações do telejornal Paraná TV 1ª edição, a suspeita sobre ele no caso Rachel ainda não está totalmente descartada. Ele deverá ser ouvido pela Delegacia de Homicídios em data não divulgada, e fará um exame de DNA, que será confrontado com o material colhido na menina.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) informa que não repassará mais informações sobre a investigação até que o resultado do exame de DNA seja divulgado. Enquanto isso, a polícia afirma que continua trabalhando no caso, em outras linhas de investigação.

Outro suspeito liberado

Na sexta-feira (7), outro suspeito foi interrogado. A polícia teria, inclusive, recolhido material para exame de DNA, para comparação com o material achado junto com o corpo da menina. No entanto, a possibilidade de que o homem interrogado seja o criminoso está praticamente descartada, segundo os próprios policiais.

Crime

Rachel estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, onde estudava. A menina ia e voltava sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus, todos os dias. O desaparecimento já estava sendo investigado desde a segunda-feira (3) pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).

A mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. O corpo estava inteiro, ainda com o uniforme do colégio e apresentava sinais de estrangulamento. Os médicos do IML confirmaram que a menina sofreu violência sexual.

O crime chocou família, amigos, e pais colegas da menina. Rachel cursava a 4ª série no e em outubro de 2007, quando estava na 3.ª série, ela ganhou o terceiro lugar no 13.º Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Este ano recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso.

O corpo de Rachel foi enterrado por volta das 10h30 de quinta-feira (6) no Cemitério do Santa Cândida. O sepultamento aconteceu debaixo de muita chuva, acompanhado por mais de 100 pessoas, entre amigos, colegas de escola e familiares.

Serviço

Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações sobre o assassinato de Rachel pode entrar em contato com a Delegacia de Homicídios pelos telefones 3363-0121 e 3363-1518. A identidade do informante será mantida em sigilo.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.